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3 anos do desastre de Brumadinho: A Vale lucra impune

Práticas predatórias da Vale S.A. ensejam no rompimento da barragem da Mina do Feijão, em Brumadinho-MG​

25 de janeiro de 2022

Exatamente três ano atrás, ocorreu o maior acidente de trabalho da história do Brasil. Entre empregadas e empregados diretos, terceirizadas e terceirizados, bem como outros trabalhadores que operavam ou residiam nas cercanias de Brumadinho-MG, 259 pessoas foram mortas e 11 ainda seguem desaparecidas, para além de uma infinidade de feridas e atingidas em seus patrimônios.

O desastre – que nada teve de natural, tendo motivações estruturais decorrentes das práticas econômicas da Vale S.A. – não se limitou ao seu efeito imediato na vida destas pessoas. Consequências ainda imensuráveis seguem assolando as comunidades tradicionais – ribeirinhas, indígenas, quilombolas – que vivem às margens do Rio Paraopeba, bem como das cidades que o rio cruza. Os rejeitos do minério de ferro resultaram em um dos maiores espectros de contaminação ambiental existentes no país.

Economicamente, diversas pessoas passaram a viver a mazela do desemprego por consequência da interrupção das atividades minerárias.

Críticos à prática da empresa, nos mais diversos espectros políticos, convergiram em um ponto: a necessidade de responsabilização dos agentes causadores deste imenso desastre.Até o momento, a reparação das vítimas segue a passos de tartaruga, e apenas empregados de baixo escalão – todos pressionados estruturalmente para cumprimento de suas atividades – acabaram por enfrentar ineficientes noites no cárcere.

Enquanto não buscarmos respostas políticas a estas indagações , novas Marianas e Brumadinhos virão.