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Pierre Rousset: China, o novo imperialismo emergente

1 de dezembro de 2021

A formação de um novo imperialismo [1] é um evento raro. Requer múltiplas condições prévias relacionadas com a situação internacional e as características específicas do país em questão. Deste duplo ponto de vista, a emergência da China tem levantado questões incomuns.

Pierre Rousset, Europe Solidaire Sans Frontiere, 13 de novembro de 2021

Sabíamos que um imperialismo poderia emergir fora da esfera ocidental. Este foi o caso do Japão. No entanto, estava dentro de um quadro bastante clássico de análise. A criação dos impérios ocidentais não estava completa no nordeste asiático, as grandes potências lutavam pelo controle da China e o governo japonês podia reagir preventivamente. Quanto à estrutura social do país, ela parecia essencialmente semelhante à dos países europeus, com o advento da era Meiji (1868) assegurando a transição do feudalismo tardio para o capitalismo moderno: a industrialização acelerada, a constituição de um exército poderoso que provou magistralmente seu valor contra a Rússia: pela primeira vez, uma potência européia foi derrotada por um país asiático, um grande acontecimento que provocou um terremoto geopolítico [2]... O Japão foi assim o último Estado imperialista a ser formado no início do século 20.

A transformação do imenso Império Russo em um Estado imperialista moderno fracassou, principalmente por causa das conseqüências de sua derrota para o Japão na Guerra Russo-Japonesa (1904-1905): suas capacidades militares entraram em colapso, tendo sua frota naval sido destruída em duas etapas: aquela baseada na Sibéria primeiro e, em seguida, a baseada no Mar Báltico, que havia sido enviada como reforço da primeira. No terreno político interno, o desastre teve como consequência a revolução de 1905, que iniciou a crise do regime czarista. Derrotada no Oriente pelo novo imperialismo japonês, depois no Ocidente pela Alemanha durante a Primeira Guerra Mundial, a Rússia estava a ponto de se tornar um estado dependente ou desintegrado - um destino do qual escapou graças à revolução de 1917.

Com a formação dos impérios coloniais, uma primeira divisão do mundo estava quase completa; de agora em diante, a questão em jogo nos conflitos inter-imperialistas seria desafiá-la.

No coração da globalização capitalista e das tensões geopolíticas

No início do século XXI, a China de Xi Jingping se estabeleceu como a segunda potência mundial, no coração da globalização capitalista. Ela se projeta em todos os continentes e em todos os oceanos. Para Xi, "Na era da globalização econômica, abertura e integração são uma tendência histórica irreprimível. A construção de muros ou o 'desacoplamento' vai contra as leis econômicas e os princípios do mercado". Philip S. Golub observa que "o estado-partido está se fazendo passar por um campeão do livre comércio e das finanças globais", afrouxando o acesso para grandes grupos norte-americanos a "certos segmentos dos mercados de capitais domésticos (...) e licenciando-os para operar subsidiárias de propriedade total ou maioritárias estadunidense". Para a The Economist de 5 de setembro de 2020, "a China está criando oportunidades [que o capital estrangeiro não esperava, pelo menos não tão rapidamente]". A escala da entrada de capital dos EUA na China é difícil de estimar porque "muitas empresas chinesas que emitem ações têm subsidiárias em paraísos fiscais offshore". De acordo com um relatório publicado pelo Investment Monitor em 13 de julho de 2021, a China tem mais subsidiárias nas Ilhas Cayman do que qualquer outro país "depois dos EUA, Reino Unido e Taiwan" [3].

"Capaz de ditar termos em setores industriais chave", o estado chinês pilota o avião China, alimentando uma vasta rede de patrocínio reforçada pela capacidade do partido de impor uma vigilância generalizada da sociedade. Não estamos tratando de um "socialismo de mercado com características chinesas", mas de um capitalismo de estado que tem "características chinesas" [4]. Da Índia à Coréia do Sul, o estado impulsionando o desenvolvimento econômico não é novidade na Ásia. Em várias formas, muitas oligarquias dominantes combinam capital privado, capital militar e capital estatal. A ligação entre eles é muitas vezes feita através das grandes famílias proprietárias.

A formação social chinesa é o resultado de uma história longa e particularmente complexa e é muito heterogênea. Fábrica do mundo, sua economia permanece parcialmente dependente do capital estrangeiro e da importação de componentes ou peças de reposição. Ela oferece, por outro lado, a base para um desenvolvimento internacional independente. Em alguns setores produz tecnologias avançadas, em outros é incapaz de superar o atraso - como no caso dos semicondutores de ponta. Está passando por crises de excesso de produção (e de endividamento) ao estilo capitalista que estão atingindo duramente o setor imobiliário, simbolizado pela quase falência da gigante Evergrande [5]. Até agora, todas as previsões sobre o estouro da bolha imobiliária foram desmentidas [6] - mas isso não significa que permanecerá assim. Como observa Romaric Godin, "o dado ainda não foi lançado sobre uma possível crise chinesa, mas as contradições do capitalismo de estado na República Popular parecem estar crescendo cada vez mais e mais".

A partir dos anos 1980, a liderança chinesa preparou sua expansão internacional. Discretamente sob Deng Xiaoping, agressivamente sob Xi Jinping. Esta expansão tem motivos econômicos domésticos (encontrar saídas para setores com baixa rentabilidade e superprodução, tais como aço, cimento ou mão-de-obra). Tem raízes culturais profundas - restaurando a centralidade do Reino do Meio, apagando a humilhação do domínio colonial, oferecendo uma alternativa global ao modelo ocidental de civilização. Ele alimenta um nacionalismo de Grande Potência, legitimando o regime e sua ambição de desafiar a supremacia dos EUA.

Nos encontramos em uma situação "clássica" onde a grande potência estabelecida (os Estados Unidos) enfrenta o surgimento de uma potência em plena expansão (a China).

Pré-condições internacionais

Como o que era impossível no início do século 20 (o surgimento de um novo imperialismo) se tornou possível na virada do século 21? Correndo o risco de simplificação, vemos dois momentos.

Após as revoluções russa (1917) e chinesa (1949), a maior parte da Eurásia escapou ao domínio direto do imperialismo japonês e ocidental, ganhando uma posição de independência sem a qual nada do que aconteceu mais tarde teria sido possível.

Após a derrota internacional dos movimentos revolucionários nos anos 1980, por um lado, e a desintegração da URSS, por outro, a ala dominante da burguesia internacional cometeu o pecado do triunfalismo, pensando que seu governo indiviso estava agora assegurado. Aparentemente, não previa que a ordem mundial neoliberal que estava impondo pudesse ser usada por Pequim em seu benefício, com o sucesso que conhecemos.

As mudanças na China

As análises que afirmam que a política internacional atual da China não é imperialista baseiam-se na continuidade do regime de 1949 até os dias atuais, mas esta continuidade é apenas nominal: República Popular (RPC), Partido Comunista (CCP), um importante setor econômico estatal. Existem realmente continuidades, notadamente culturais, incluindo a longa tradição burocrática do Império que adorna os regimes contemporâneos com uma "normalidade" histórica. No entanto, as descontinuidades os superam em muito. Houve de fato uma revolução e uma contra-revolução, como testemunham convulsões sucessivas das classes sociais.

A posição do proletariado industrial. Quando a República Popular foi proclamada, o PCC teve que reconstruir sua base social nos centros urbanos. Para fazer isso, ela se apegou à classe trabalhadora, nos dois sentidos da palavra: subordinando-se a ela e proporcionando-lhe consideráveis benefícios sociais.

Politicamente, a classe trabalhadora foi mantida sob o controle do partido; ela não "dirige" a empresa nem o país. @s trabalhador@s são designados para unidades de trabalho um pouco como funcionários públicos territoriais na tradição francesa. No entanto, a classe trabalhadora das novas empresas estatais desfruta de consideráveis benefícios sociais (emprego vitalício, etc.). Nenhum outro estrato tem uma posição social tão vantajosa, exceto, é claro, a burocracia dos órgãos de poder político-estatais.

O status das mulheres populares. As duas leis emblemáticas adotadas após a conquista do poder beneficiam as mulheres do povo: a igualdade de direitos no casamento e uma reforma agrária que as inclui [7].

As antigas classes dirigentes. Uma vez consolidada a República Popular [8] e qualquer que seja o destino individual deste ou daquele membro da elite chinesa, as velhas classes dirigentes (burguesia urbana e os proprietários rurais) são desintegradas.

O regime maoísta se consolida através de uma revolução social, nacionalista, anti-imperialista e anti-capitalista - um processo de revolução permanente [9]. Ela tem raízes populares profundas, mas é, no entanto, autoritária, moldada por décadas de guerra. A herança democrática das mobilizações sociais da estratégia da "guerra popular" continua viva, mas o Estado-partido é, no entanto, o quadro no qual a burocratização (um processo) se desenvolve. Isto não é socialismo, mas uma sociedade de transição cujo resultado é incerto [10].

A crise do regime maoísta. Todas as contradições inerentes ao regime maoísta explodiram durante a mal denominada Revolução Cultural (1966-1969) [11]: uma crise global de grande complexidade que não é possível resumir aqui, durante a qual a administração e o partido se desmoronaram - somente o exército permaneceu capaz de intervir coerentemente em escala nacional. Mao finalmente pediu-lhe que impusesse um retorno repressivo à ordem, voltando-se contra os Guardas Vermelhos e os grupos de trabalhadores que apoiava. Ele abriu caminho nos anos 1970 para a ditadura obscurantista do Gangue dos Quatro, a vitória final da contra-revolução burocrática. O resultado catastrófico do Grande Revolução Cultural Proletária (GRCP) [12] sanciona a crise terminal do regime maoísta e a morte política de Mao Zedong, dez anos antes de sua morte física [13].

A contra-revolução burocrática criou um terreno fértil para a contra-revolução burguesa, quebrando mobilizações populares e fazendo com que a reabilitação de Deng Xiaoping, um sobrevivente das purgas da GRCP, parecesse um retorno à racionalidade. Alguns anos depois, ficou claro que o que tinha sido uma justificação caluniosa para os expurgos dos anos 1960 tinha se tornado uma realidade nos anos 1980: Deng agora encarnava a opção capitalista dentro da nova liderança do PCC.

A contra-revolução dos anos 1980. Sob o impulso de Deng Xiaoping, a ala mercantil da burocracia preparou sua mutação, seu "aburguesamento" e a reinserção do país no mercado mundial capitalista. Para isso, ela se beneficia de condições excepcionais:

- Quanto à herança do regime maoísta: um país, uma indústria e tecnologia independentes, uma população educada e qualificada...

- Quanto à herança do período colonial: Hong Kong (colônia britânica), Macau (colônia portuguesa), Taiwan (protetorado norte-americano) são grandes portas abertas para o mercado mundial e as finanças internacionais, oferecendo o know-how de gestão que não existe no continente e permitindo transferências de tecnologia (Macau é um canal ideal para contornar legislações e regulamentos)...

- A possibilidade de colaborar com o poderoso capital transnacional chinês com base num sólido compromisso: este último recebe um tratamento privilegiado na China, ao mesmo tempor que sabe que somente o governo e o PCC podem garantir a manutenção da unidade do país-continente.

- O peso intrínseco da China (seu tamanho geográfico e demográfico) - um país como o Vietnã pode seguir a mesma evolução que seu vizinho, mas não pode reivindicar a posição de grande potência para isso.

A transformação capitalista acelerada da China não foi realizada sem infligir uma derrota histórica às classes trabalhadoras durante a repressão massiva dita de Tiananmen, em abril de 1989 (o país inteiro está preocupado, não apenas Pequim) [14]. É uma derrota que faz parte do novo arranjo das classes sociais.

- O proletariado. A classe trabalhadora das empresas estatais resistiu obstinadamente à intensificação do trabalho exigida pelas autoridades, tanto que, como último recurso, as autoridades decidiram retirar grande parte dela da produção, enquanto continuavam a pagá-la através de vários dispositivos. O êxodo rural permitiu a criação de um novo proletariado, especialmente nas zonas de livre comércio. 70% composta por mulheres, tratavam-se, na época de trabalhadores chineses indocumentados (era proibido na China mudar de residência sem autorização oficial). Era a força de trabalho perfeita para a superexploração que caracterizou o período de acumulação primitiva de capital. A primeira geração de imigrantes do interior sofria enquanto esperava pelo retorno a suas aldeias. A segunda geração lutou por sua regularização com o apoio de numerosas associações.

- A ordem social e ideológica é invertida. As elites intelectuais, ontem na base da hierarquia social, são mais uma vez exaltadas. As mulheres da classe trabalhadora são invisibilizadas. Deng Xiaoping prega as virtudes da “fuga social” (o enriquecimento de uns anunciaria o enriquecimento de todos). O setor econômico estatal opera agora em simbiose com o capital privado. A China tem um número recorde de bilionários, que podem ser encontrados nos órgãos dirigentes do PCC.

Grande potência, imperialismo e interdependência

Não há um grande poder capitalista que não seja imperialista. A China não é exceção. Alguns exemplos.

- A subordinação de sua "periferia". Graças ao desenvolvimento de uma rede de transporte de alta velocidade, o Tibete se tornou o objeto de colonização. No Turquestão Oriental (Xinjiang), a população uyghur de maioria muçulmana é submetida a uma série de medidas que vão desde a assimilação forçada até o internamento em massa, com o objetivo de promover um genocídio, pelo menos, cultural [15]. O tratado que garantia o respeito aos direitos democráticos da população de Hong Kong quando a colônia foi devolvida ("um país, dois sistemas") foi denunciado unilateralmente por Xi Jinping. Após anos de resistência popular, Pequim impôs sua ordem repressiva, criminalizando organizações independentes (forçadas a dissolver-se) e condenando qualquer dissidência a pesadas penas [16]. O direito à autodeterminação, a liberdade dos povos de disporem de si mesmos, não é mais uma questão nas margens do Império.

- Para proteger seus investimentos na era das "novas estradas de seda" e para garantir o acesso ao Oceano Índico (os "corredores") [17], Pequim não hesita em apoiar as piores ditaduras (como na Birmânia) e interferir nos assuntos internos de um país (como no Paquistão).

- A paralisia temporária dos Estados Unidos (atolada no Oriente Médio) permitiu que Xi Jinping militarizasse todo o Mar do Sul da China, assumindo o controle de territórios marítimos pertencentes aos países que fazem fronteira com ele, desde as Filipinas até o Vietnã. Pequim (corretamente) denuncia a política de grande potência dos EUA na região, mas não hesita em usar a superioridade esmagadora de suas forças navais contra seus vizinhos.

- Para assegurar suas vias marítimas (mercantes ou militares), Pequim toma posse de portos em muitos países, do Sri Lanka à Grécia, usando a arma da dívida quando necessário. Uma inadimplência no reembolso pode permitir-lhe exigir que um território portuário se torne uma concessão chinesa por um período de até 99 anos (que era o status colonial de Hong Kong!).

- Ao se projetar internacionalmente, a China está agora participando da delimitação de zonas de influência no Oceano Pacífico Sul ao reivindicar um espaço marítimo importante [18].

Os Estados Unidos foram e continuam sendo a principal potência imperialista, a principal fonte de militarização, guerras e instabilidade global. Isto é importante frisar isso. A questão do imperialismo americano é tratada em outro artigo deste dossiê da revista L'Anticapitaliste. Não voltarei a ele aqui, exceto para observar que Joseph Biden conseguiu redirecionar a estratégia dos EUA para o grande teatro de operações Indo-Pacífico. Obama queria, mas não o fez [19], atolado no Oriente Médio [20]. Há uma continuidade entre a política de Donald Trump e a de Joe Biden [21]. Entretanto, a política deste último parece ser mais coerente do que a de Donald Trump [22].

Diante da ameaça dos EUA, o regime maoísta havia desenvolvido uma estratégia defensiva baseada no exército, na mobilização popular e no tamanho do país: um invasor se perderia. Por outro lado, uma grande potência deve se afirmar nos oceanos (assim como, hoje em dia, no espaço e na inteligência artificial). As forças aeronavais têm sido o primeiro alicerce militar da política de Xi Jingping, que mobiliza os recursos do país para fazer rápidos progressos nas outras áreas.

Ao fazê-lo, o atual regime chinês está participando da dinâmica de militarização do mundo (e, portanto, do agravamento da crise climática). Alguns na esquerda falam do "direito" da China exigir seu lugar ao sol, mas desde quando devemos defender os "direitos" de uma potência, não dos povos?

A tensão entre Washington e Pequim sobre a questão de Taiwan está agora em seu auge [23]. Há duas lógicas opostas. Aquela de estados engajados em uma disputa dura e de longo prazo e a da globalização capitalista onde a interdependência em termos de tecnologias, cadeias de produção - as "cadeias de valor" -, comércio ou finanças é primordial. A competição está ocorrendo em todas as áreas e "campos" estão surgindo em um mercado e finanças globalizados. Quaisquer que sejam as contradições que a globalização enfrenta hoje, a "desglobalização" capitalista da economia parece ser um desafio. A interdependência é tal que uma guerra não é do interesse das classes burguesas nem na China nem nos EUA, mas a tensão é tal que não se pode excluir uma escalada com consequências explosivas.

A situação é ainda mais instável porque tanto os presidentes Biden como Xi estão enfrentando situações domésticas frágeis.

Para onde vai a China? Não vou tentar responder a esta pergunta, que deixarei para uma pessoa mais sábia. Se ainda fosse o PCC que dirigisse o país..., mas não é mais o caso. É o grupo de Xi Jinping. Ele impôs uma mudança de regime político [24]. Antes, uma liderança colegial permitia a preparação da sucessão de gerações à frente do partido, um fator de estabilidade. Hoje, a facção Xi Jinping tem controle exclusivo do poder. Depois de expurgos sangrentos e da emenda da constituição, ele pode reivindicar governar a vida do país.

Também na China, a seleção de pessoal político se torna irracional em relação aos interesses coletivos das classes dirigentes.

Esta é a versão longa de um artigo publicado na revista l'Anticapitaliste n° 130 de novembro de 2021.

Notas

Notes

[1] O termo imperialismo pode ser utilizado em contextos históricos variados. Ele tem, aqui, o de grande potencia capitalista.

[3] Philip S. Golub, « Contre Washington, Pékin mise sur la finance », Le Monde diplomatique, novembre 2021, p.13.

[5] Ver Romaric Godin, 9 septembre 2021, « Les contradictions du modèle chinois », Mediapart. Disponível em ESSF (article 59659), « Chine : le géant de l’immobilier Evergrande au bord du gouffre – Les contradictions du modèle chinois » : http://www.europe-solidaire.org/spip.php?article59659

[6] É o que reconhece Paul Krugman sobre suas próprias previsões no New York Times de 22 de outubro de 2021.

[7] Claro, o "telhado de vidro" e o patriarcado não desaparecem da sociedade..

[8] Apesar do calvário da Guerra da Coreia, que começou em 1953 e constituiu um verdadeiro cenário de catástrofe para Pequim, que tinha como prioridade a reconstrução do país.

[9] Pierre Rousset, « L’expérience chinoise et la théorie de la révolution permanente », revue L’Anticapitaliste n°126 (mai 2021). Disponível no ESSF (article 58489), « L’expérience chinoise et la théorie de la révolution permanente » : http://www.europe-solidaire.org/spip.php?article58489

[10] É por isso que é melhor não usar a fórmula de uma sociedade de transição para o socialismo.

[11] Tornou-se prática comum denominar todo o período 1966-1976 como “Revolução Cultural”. Isso é confundir na mesma periodização os anos de "tumulto" que precedem a repressão de 1968-1969, e aqueles de uma normalização burocrática instável.

[12] GRCP : Grande Revolução Cultural Proletária.

[14] Ver principalmente os dois artigos de Jean-Philippe Béja reunidos no ESSF (article 46572) : http://www.europe-solidaire.org/spip.php?article46572

[15] Daniel Tanuro, « Retour sur l’histoire du Turkestan oriental », 28 avril 2021, Gauche anticapitaliste (Belgique). Disponível no ESSF (article 57947 ), « Xinjiang (Chine) – Retour sur l’histoire du Turkestan oriental et la géopolique de l’Asie centrale » : http://www.europe-solidaire.org/spip.php?article57947

[17] Para uma visão de conjunto desta questão, ver Globalization Monitor, China’s overseas investments in the Belt and Road Era. A people’s and environmental perspective, août 2021.

[18] Ver principalmente a tabela que acompanha o artigo de Nathalie Guibert no Le Monde de 10 e 11 octobre 2021.

[20] Biden se apoia principalmente em Israel, na Arábia Saudita ou no Egito para "policiar" esta região do mundo.

[22] Dan La Botz, 13 octobre 2021, “Biden concentre sa politique étrangère sur la Chine », L’Anticapitaliste: https://lanticapitaliste.org/actualite/international/aux-usa-biden-concentre-sa-politique-etrangere-sur-la-chine. Disponible sur ESSF (article 59821), « Etats-Unis – Biden concentre sa politique étrangère sur la Chine»: http://www.europe-solidaire.org/spip.php?article59821

[23] Brian Hioe, 4 novembre 2021 « Caught Between the Two Superpowers. Taiwan Amidst US-China Great Powers Rivalry”, Spectre : https://spectrejournal.com/caught-between-the-two-superpowers/. Disponible sur ESSF (article 60077), « Caught Between the Two Superpowers — Taiwan Amidst US-China Great Power Rivalry » : http://www.europe-solidaire.org/spip.php?article60077

[24] Au Loongyu, Pierre Rousset, 22 octobre 2017 , « Le 19e congrès du Parti communiste chinois – La modernisation par une bureaucratie prémoderne », ESSF (article 42298) : http://www.europe-solidaire.org/spip.php?article42298 e Pierre Rousset, 3 décembre 2017, ESSF (article 42569), « Le 19e congrès du Parti communiste chinois et les ambitions mondiales de la direction Xi Jinping » : http://www.europe-solidaire.org/spip.php?article42569