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Porque votamos Boulos-Erundina nas prévias do PSOL SP

Acreditamos que esse momento é essencial para trazermos à tona o debate sobre qual o partido necessário para enfrentar a difícil conjuntura que se avizinha

15 de julho de 2020

O PSOL São Paulo passará neste fim de semana, dias 18 e 19 de julho, pelo processo de prévias para que a militância do partido escolha quem nos representará na disputa à prefeitura da capital nas eleições de 2020. Acreditamos que esse momento é essencial para trazermos à tona o debate sobre qual o partido necessário para enfrentar a difícil conjuntura que se avizinha.

O PSOL tem paulatinamente conquistado espaço no campo da oposição ao fascismo no Brasil. No aspecto eleitoral, ampliamos nossa bancada federal nas últimas eleições de forma inédita e somos hoje a única sigla com paridade de gênero. Temos conseguido disputar com seriedade as eleições nas principais capitais do país e criar referência social com esse processo. Concomitantemente, o partido cada vez mais amplia o diálogo com os movimentos sociais e busca atuar em conjunto com eles, em uma contribuição mútua de formulação e construção da luta pela base.

Entendemos, então, que a chapa composta por Guilherme Boulos e Luíza Erundina representa a continuidade desse processo, apresentando um projeto político que dá envergadura ao combate ao fascismo e a extrema direita em São Paulo, um programa concreto para construir uma Revolução Solidária na cidade e, ao mesmo tempo, aberto a construir aliança nas ruas com os partidos e movimentos sociais que defendem a democracia e o fim do governo Bolsonaro. É uma chapa que conta com a participação de vários setores do partido e de movimentos populares, comprometida em colocar no centro do debate pautas como a luta antirracista, o combate a LGBTfobia, ao machismo e a perspectiva periférica.

A pandemia de COVID-19 tem aprofundado a desigualdade social que historicamente marca o país, fato agravado pela implementação de políticas de austeridade sob o pretenso objetivo de auxiliar a recuperação da economia. Assim, a São Paulo que encontraremos nos próximos meses será profundamente atingida pelo aprofundamento dessas políticas neoliberais — com a precarização do trabalho, aumento do desemprego e das condições desiguais de acesso à saúde —, somada à permanência e ao aumento da letalidade policial e do genocídio da população negra.

Por isso, a pré-campanha Boulos e Erundina traz propostas concretas para a melhoria das condições de vida da população neste momento de crise, como a garantia de hotéis para pessoas sem-teto e para mulheres vítimas de violência, a isenção da cobrança da prestação de financiamento habitacional popular, a garantia de direitos para os entregadores por aplicativos e a criação de um programa de renda básica paulistana. Ao mesmo tempo, as organizações que apoiam a chapa têm fomentado campanhas de solidariedade durante a pandemia, em consonância com a preocupação com as condições materiais de vida da população periférica.

O PSOL tem vocação para apresentar com protagonismo as pautas da esquerda em São Paulo, uma esquerda aberta, diversa, plural e democrática. Hoje, a chapa composta por Boulos e Erundina pontua nas pesquisas como a melhor opção para a esquerda paulistana, com variação de 7 a 10% na intenção de votos. A escolha feita pelo PT de apresentar o nome de Jilmar Tatto para as eleições abre um flanco que é essencial que o PSOL ocupe, com vistas a dialogar com novos setores e apresentar para eles o nosso projeto político.

Guilherme Boulos é a principal liderança da luta por moradia urbana no Brasil, defendendo um projeto político que carrega radicalidade, que coloca a vida das pessoas acima da propriedade privada. É uma das principais figuras da esquerda no cenário nacional e se insere dentro do processo de oxigenação de nomes e quadros atrelados às lutas sociais.

A gestão de Luiza Erundina na prefeitura, por sua vez, representou um avanço no debate do direito à cidade e ações de solidariedade. Erundina foi a melhor prefeita que a cidade de São Paulo já teve, sendo especialmente reconhecida nas periferias, uma mulher que enfrentou barões das oligarquias partidárias da época, conseguindo viabilizar uma gestação com participação popular democrática, enfrentamento às máfias de transporte e revolução na assistência social.

Não temos dúvidas, portanto, que esse projeto tem a cara do PSOL que queremos para o próximo período. Um PSOL que possa ser referência na esquerda, na construção de um programa anticapitalista e de enfrentamento ao fascismo. Por um PSOL de todas as lutas, vamos com Boulos e Erundina!

Consulte aqui seu local de votação e participe: https://bit.ly/OndeVotarBoulosErundina