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#TchauSalles: campanha exige saída imediata de Ricardo Salles

Oraganizações sociais e ambientais lançaram iniciativa virtual para dar um empurrãozinho pela queda do "homem da boiada"

11 de julho de 2020

Após o Ministério Público Federal (MPF) entrar com uma ação de improbidade administrativa contra o ministro do meio ambiente do Brasil, Ricardo Salles, organizações sociais e ambientais iniciaram uma campanha virtual para dar “um empurrãozinho para derrubar” o então ministro.

 

Amazônia.org, 8 de julho de 2020

 

Promovido pelo ClimaInfo, Engajamundo, Greenpeace, Observatório do Clima e PimpMyCarroça, o site apresenta um abaixo-assinado que é direcionado a Márcio de França Moreira, juiz responsável por julgar o afastamento de Salles.

 

Ele é acusado de desestruturação dolosa das estruturas de proteção ao meio ambiente e na ação, formalizada por 12 procuradores da República, é pedido o afastamento em caráter liminar, ou seja, urgente, além da condenação nas penas previstas pela lei de improbidade administrativa, como perda da função pública, suspensão dos direitos políticos, pagamento de multa e proibição de contratar com o poder público e de receber benefícios e incentivos fiscais ou creditícios.

 

“A atuação do hoje Ministro tem impacto direto em nossas vidas e nas vidas das futuras gerações. Os danos são de natureza irreparável. Não importa a posição ideológica de um Ministro do Meio Ambiente, o que importa é a sua missão institucional de proteger o meio ambiente”, afirma o site da campanha.

 

No mês de abril, Salles teve um posicionamento estarrecedor durante reunião interministerial, na qual ele sugeriu usar o momento da pandemia como uma oportunidade ideal para “passar a boiada” da destruição ambiental, simplificar normas e mudar as regras, já que a atenção da mídia e da sociedade estaria voltada para o Covid-19.

 

Os recentes dados do desmatamento, que apontam uma alta histórica, também evidenciam a negligência da sua gestão: “o ano de 2019 foi o de maior devastação ambiental da última década, com um aumento de 85% no desmatamento da Amazônia sobre o ano anterior”, ainda segundo a campanha.

 

O assunto tem repercutido nacional e internacionalmente. 38 grandes empresas brasileiras e estrangeiras e de quatro entidade setoriais do agronegócio, mercado financeiro e da indústria se manifestaram sobre o tema por meio de uma carta-manifesto. Eles expressam preocupação com o tema e recomendaram que a retomada da economia siga o caminho do baixo carbono.