Para barrar a devastação da Amazônia, boicote às exportações brasileiras predatórias
Em pouco mais de seis meses, o governo Bolsonaro deu aval para que as forças mais predatórias do campo brasileiro – madeireiros, garimpeiros, pecuaristas – ignorassem toda a legislação ambiental e avançassem com enorme força destrutiva sobre a floresta em pé, em especial na Amazônia, mas também no Cerrado. Bolsonaro e seus ministros Ricardo Salles e Tereza Cristina questionam sistematicamente os direitos dos povos indígenas às suas condições de existência. Bolsonaro, Salles e Tereza apresentam os movimentos e entidades ambientalistas como inimigas do progresso e traidoras do país. Bolsonaro, Salles e Tereza desmontam as estruturas de fiscalização ambiental e estimulam ruralistas a se tornarem incendiários.
Nada indica que a dimensão apocalíptica das atuais queimadas na Amazônia e no Cerrado brasileiro tenham sido resultado apenas da seca sazonal, intensa, mas mais amena que em anos anteriores. O que houve nas últimas semanas no Centro-Oeste e Norte do país foi planejado e deliberado por setores retrógrados do agro, até com um “dia do fogo”. Uma demonstração de escárnio e força da turma da predação, incentivada pelo governo. Os municípios que lideram o ranking com maior registro de queimadas, onde começaram os focos de incêndio, estão em áreas de conflito agrário ou em Unidades de Conservação (UCs). Estas foram impactadas pelo congelamento de recursos de mais de R$ 45 milhões para o ICMBio, milhões que seriam destinados à criação de novas UCs e à gestão das existentes.
Os incêndios estão também em terras indígenas não demarcadas ou em situação de impasse, onde havia passivo com posseiros e, fazendeiros, áreas nas quais as bases de fiscalização foram desmobilizadas devido ao desmonte em curso dos órgãos de fiscalização ambiental (do Ibama em particular). Isto se combina com a falta de apoio da PF e Força Nacional – ligadas ao Ministério da Justiça – ao combate ao desmatamento. Ardem assim territórios indígenas, quilombolas, ribeirinhos e de povos da floresta, demonstrando que a política de devastação bolsonarista é alimentada pelo histórico racismo estrutural, ambiental e institucional do desenvolvimento capitalista brasileiro. Um modelo que visa eliminar os modos de vida dos povos tradicionais e da floresta para consolidar a lógica predatória de “desenvolvimento”. Efetivamente, estão colocando em prática o que anunciou Salles: “soluções capitalistas” para a Amazônia.
Bolsonaro e seu governo são inimigos da humanidade e da natureza
Coerentemente com sua arquitetura da destruição, Bolsonaro levou o Brasil a renunciar à candidatura para sediar a COP25 (Conferência sobre o Clima a se realizar no Chile em novembro), nomeou ministros negacionistas climáticos para o Itamaraty e Ministério do Meio Ambiente, cortou 95% da verba orçamentária das ações destinadas a combater às mudanças climáticas. Tudo isso justamente quando a comunidade científica aponta em seus relatórios que, para evitar o colapso ambiental associado a um aumento da temperatura global acima de 1,5o, é necessário diminuir pela metade as emissões de gases-estufa até 2030. E promoveu um PL que libera armamento para proprietários rurais, num incentivo descarado ao aumento dos assassinatos de liderenças camponesas, sem-terra e ambientalistas.
Estamos agora vendo o resultado de tudo isso estampado nos céus do Brasil e em todos os jornais do mundo. A maior floresta tropical do planeta – em tamanho e biodiversidade – está ardendo com uma violência inédita. A cobertura vegetal da Amazônia retira e armazena gás carbônico (CO2) da atmosfera, o que significa que, sem ela, o efeito estufa seria ainda mais pronunciado e as mudanças climáticas, ainda mais graves. Além disso, a floresta amazônica tem papel central no regime das chuvas que se precipitam sobre o continente. Sem ela, é crise hídrica na certa. A Amazônia é um patrimônio de toda a humanidade, da qual o povo brasileiro é guardião. Essa obrigação deve ser cumprida; a devastação da Amazônia é um crime contra toda a humanidade!
Até mesmo a cidade de São Paulo foi atingida pela fuligem dos incêndios que costumam tornar irrespirável o ar das cidades do Norte e Centro-Oeste do país. Chocado, o mundo e o país acordam para a devastação sistemática que vem se dando nos biomas estratégicos da Amazônia e do Cerrado, contra a qual já vinham se levantando os povos indígenas e o movimento ambiental.
Nesses dias 23, 24 e 24 de agosto estão sendo convocados centenas de atos por todo o Brasil e pelo mundo. Esses atos estão levantando uma série de bandeiras justas e importantes para conscientizar a população do que está se passando: #AmazoniaFicaBolsonaroSai; #ForaSalles; #MudarOSistemaNãoOClima; #AgronegócioMata; #SangueIndígenaNenhumaGotaAMais; #ÁguaNãoÉMercadoria.; #NãoHáPlanetaB; #NãoAoDesmonteAmbiental.
Objetivos precisos para o movimento
É necessário direcionar as demandas do amplo movimento que está se formando no Brasil e no mundo contra alvos mais precisos e contundentes. É evidente que tudo parte de denunciar Bolsonaro como inimigo do clima, da humanidade e de toda a vida no planeta, apontando o conjunto das iniciativas para a Greve Mundial do Clima de 20 de setembro. Mas o movimento só terá eficácia se golpear interesses econômicos estratégicos do bloco no poder, levando esses setores a se deslocarem contra a retórica e a política de Bolsonaro e seus ministros. É preciso penalizar o agronegócio e o extrativismo pelos crimes dos quais eles são cúmplices.
Em pouco mais de seis meses, o governo Bolsonaro deu aval para que as forças mais predatórias do campo brasileiro – madeireiros, garimpeiros, pecuaristas – ignorassem toda a legislação ambiental e avançassem com enorme força destrutiva sobre a floresta em pé, em especial na Amazônia, mas também no Cerrado. Bolsonaro e seus ministros Ricardo Salles e Tereza Cristina questionam sistematicamente os direitos dos povos indígenas às suas condições de existência. Bolsonaro, Salles e Tereza apresentam os movimentos e entidades ambientalistas como inimigas do progresso e traidoras do país. Bolsonaro, Salles e Tereza desmontam as estruturas de fiscalização ambiental e estimulam ruralistas a se tornarem incendiários.
Nada indica que a dimensão apocalíptica das atuais queimadas na Amazônia e no Cerrado brasileiro tenham sido resultado apenas da seca sazonal, intensa, mas mais amena que em anos anteriores. O que houve nas últimas semanas no Centro-Oeste e Norte do país foi planejado e deliberado por setores retrógrados do agro, até com um “dia do fogo”. Uma demonstração de escárnio e força da turma da predação, incentivada pelo governo. Os municípios que lideram o ranking com maior registro de queimadas, onde começaram os focos de incêndio, estão em áreas de conflito agrário ou em Unidades de Conservação (UCs). Estas foram impactadas pelo congelamento de recursos de mais de R$ 45 milhões para o ICMBio, milhões que seriam destinados à criação de novas UCs e à gestão das existentes.
Os incêndios estão também em terras indígenas não demarcadas ou em situação de impasse, onde havia passivo com posseiros e, fazendeiros, áreas nas quais as bases de fiscalização foram desmobilizadas devido ao desmonte em curso dos órgãos de fiscalização ambiental (do Ibama em particular). Isto se combina com a falta de apoio da PF e Força Nacional – ligadas ao Ministério da Justiça – ao combate ao desmatamento. Ardem assim territórios indígenas, quilombolas, ribeirinhos e de povos da floresta, demonstrando que a política de devastação bolsonarista é alimentada pelo histórico racismo estrutural, ambiental e institucional do desenvolvimento capitalista brasileiro. Um modelo que visa eliminar os modos de vida dos povos tradicionais e da floresta para consolidar a lógica predatória de “desenvolvimento”. Efetivamente, estão colocando em prática o que anunciou Salles: “soluções capitalistas” para a Amazônia.
Bolsonaro e seu governo são inimigos da humanidade e da natureza
Coerentemente com sua arquitetura da destruição, Bolsonaro levou o Brasil a renunciar à candidatura para sediar a COP25 (Conferência sobre o Clima a se realizar no Chile em novembro), nomeou ministros negacionistas climáticos para o Itamaraty e Ministério do Meio Ambiente, cortou 95% da verba orçamentária das ações destinadas a combater às mudanças climáticas. Tudo isso justamente quando a comunidade científica aponta em seus relatórios que, para evitar o colapso ambiental associado a um aumento da temperatura global acima de 1,5o, é necessário diminuir pela metade as emissões de gases-estufa até 2030. E promoveu um PL que libera armamento para proprietários rurais, num incentivo descarado ao aumento dos assassinatos de liderenças camponesas, sem-terra e ambientalistas.
Estamos agora vendo o resultado de tudo isso estampado nos céus do Brasil e em todos os jornais do mundo. A maior floresta tropical do planeta – em tamanho e biodiversidade – está ardendo com uma violência inédita. A cobertura vegetal da Amazônia retira e armazena gás carbônico (CO2) da atmosfera, o que significa que, sem ela, o efeito estufa seria ainda mais pronunciado e as mudanças climáticas, ainda mais graves. Além disso, a floresta amazônica tem papel central no regime das chuvas que se precipitam sobre o continente. Sem ela, é crise hídrica na certa. A Amazônia é um patrimônio de toda a humanidade, da qual o povo brasileiro é guardião. Essa obrigação deve ser cumprida; a devastação da Amazônia é um crime contra toda a humanidade!
Até mesmo a cidade de São Paulo foi atingida pela fuligem dos incêndios que costumam tornar irrespirável o ar das cidades do Norte e Centro-Oeste do país. Chocado, o mundo e o país acordam para a devastação sistemática que vem se dando nos biomas estratégicos da Amazônia e do Cerrado, contra a qual já vinham se levantando os povos indígenas e o movimento ambiental.
Nesses dias 23, 24 e 24 de agosto estão sendo convocados centenas de atos por todo o Brasil e pelo mundo. Esses atos estão levantando uma série de bandeiras justas e importantes para conscientizar a população do que está se passando: #AmazoniaFicaBolsonaroSai; #ForaSalles; #MudarOSistemaNãoOClima; #AgronegócioMata; #SangueIndígenaNenhumaGotaAMais; #ÁguaNãoÉMercadoria.; #NãoHáPlanetaB; #NãoAoDesmonteAmbiental.
Objetivos precisos para o movimento
É necessário direcionar as demandas do amplo movimento que está se formando no Brasil e no mundo contra alvos mais precisos e contundentes. É evidente que tudo parte de denunciar Bolsonaro como inimigo do clima, da humanidade e de toda a vida no planeta, apontando o conjunto das iniciativas para a Greve Mundial do Clima de 20 de setembro. Mas o movimento só terá eficácia se golpear interesses econômicos estratégicos do bloco no poder, levando esses setores a se deslocarem contra a retórica e a política de Bolsonaro e seus ministros. É preciso penalizar o agronegócio e o extrativismo pelos crimes dos quais eles são cúmplices.
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